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Editorial
 

   
 

NÃO HA TEMPO A PERDER, ELES CHEGARAM E VIERAM PARA SOMAR!

Houve um tempo no qual um anúncio da General Motors apresentava um personagem velho e muito amargurado e que indagava (repudiando ao ver bandos jovens, hoje leia-se galera, saindo para curtir ou a Natureza ou a noite em seus carros:

“Aonde esse mundo vai parar?!?”

Hoje já se sabe aonde fomos parar, ou devíamos saber. Chegamos a um mundo globalizado, é verdade, com amplo acesso aos mercados, ao consumo, às viagens. Mas, ainda totalmente injusto, com uso abusivo e irresponsável, às vezes, dos recursos naturais e com a ordem econômica, por conta da transferência tecnológica predatória (leia-se pirataria), colocada de cabeça para o ar!

E novamente podemos nos perguntar:

“Aonde esse mundo vai parar?!?”

Como naquela época, o susto pelas transformações deixa aqueles com um pouco mais de idade na defensiva, ansiando pela volta dos bons tempos, sem a capacidade de perceber as enormes possibilidades do futuro. Agora, também, vemos com muita desconfiança, para não dizer estranheza, as práticas dos que nasceram um pouco depois.

Como é possível que um jovem mantenha uma conversa virtual com mais de trinta amigos pelo Massenger, ao mesmo tempo em que ouve arquivos de música em formato MP3, prepara uma apresentação para a escola em Flash ou PowerPoint e come uma barra de cereais light.? Isso é bom ou ruim? Eles estão malucos, ou coisa assim? Não há mais profundidade nas coisas, tudo é superficial, o que vale é a balada, a noitada?

Na revista Fast Company de fevereiro (http://www.fastcompany.com/magazine/102/culture-clash.html) foi publicada uma matéria sobre os jovens profissionais, seu comportamentos, seus desejos. Aí se percebe que estamos diante de indivíduos que sabem exatamente aonde esse mundo vai parar. Eles são impacientes, de fato, mas com as coisas que não os levem a um novo aprendizado ou experiências diferentes. Desrespeitosos, claro, mas com as coisas que não fazem sentido. “Se não trazem resultados para que perder tempo com hipocrisia” diz uma jovem publicitária de 26 anos de São Francisco.

Vamos acompanhar os jovens, eles já sabem para aonde estamos indo. Raul Seixas também sabia quando escreveu:

“Enquanto você se esforça pra ser·um sujeito normal·e fazer tudo igual··Eu do meu lado, aprendendo a ser louco·Maluco total·na loucura real··controlando a minha maluquez·misturada com minha lucidez”.

Arão Sapiro
Consultor e pesquisador de empresas na área de planejamento estratégico. Graduado, mestre e doutorando pela EAESP da Fundação Getúlio Vargas, com especialização pela FEA-USP em Sistemas de Informação. Professor do MBA da FGV e IBMEC.

E-mail: asapiro@insec.com.br

 
   


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