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Editorial
 

   
 

REFLETINDO SOBRE NOSSAS AÇÕES E EMOÇÕES

Quando paramos para refletir sobre nossas atitudes e ações o que vemos? Como explicamos as guerras infinitas, a violência e a exclusão social? Como explicamos uma criança com poucos recursos físicos e financeiros que se destaca e supera suas condições e uma criança com todos os recursos físicos e financeiros que se mata usando drogas?

Nós seres humanos nascemos pré-dispostos a nos adaptar ao meio em que estamos inseridos, somos seres relacionais, vivemos, aprendemos e nos constituímos a partir das relações que construímos com o meio e com as pessoas a nossa volta. Na maioria das vezes, a qualidade dessas relações e das emoções que as permeiam são determinantes na formação dos seres humanos.

Quando perguntamos às pessoas o que lhes é mais importante, normalmente as respostas estão relacionadas ao sentimento de bem-estar, a ser amado e amar, a aceitação/inclusão pela sociedade, família, amigos, ao sentimento de ser visto, valorizado e respeitado por quem é. Chamamos aqui essa emoção de amor, significando que amar é ser capaz de enxergar o outro como ele é, de se relacionar com o mundo e com as outras pessoas partindo do pré-suposto de que todas as idéias e pessoas são legítimas.

Por outro lado, vivemos em um mundo em que temos cada vez menos espaço para compartilhar esse sentimento de bem-estar e amor coletivo. Muito pelo contrário, vivemos predominantemente a emoção do medo, aquela que nos faz recuar e atuar na defesa e que dificulta enxergarmos o outro por inteiro. Na maior parte das vezes, aliás, gastamos boa parte de nossa energia defendendo nossas verdades e pontos de vista. Num cenário emocional como esse, que encontramos cotidianamente nas pessoas, sempre partimos da desconfiança e da negação do outro, sem sequer queremos muitas vezes saber como ele chegou àquele pensamento, àquela frase ou àquele sentimento. Deixamos de fazer perguntas, de ouvir, de refletir, por querer acreditar apenas nas nossas verdades, como se os nossos pontos de vistas fossem os únicos válidos. E que venham as guerras, as exclusões, a Inquisição...

Na emoção do medo não há espaço para o crescimento e para a aprendizagem. Matamos e morremos aos poucos, abandonando a vida em sua plenitude em troca da sobrevivência. Por medo, abrimos mão da paz para defender e justificar as guerras, o sofrimento, a solidão, assistimos calados e até justificamos as atitudes bélicas e as guerras que parecem não ter fim, como as do Oriente Médio. Desaparece a importância do outro e a minha também.

Nas ações pela emoção do amor, levamos sempre em consideração o ponto de vista do outro, tomando-o como válido dentro do contexto em que ele está inserido. Com isso propicio a liberdade de escolha, entre muitos mundos e muitas verdades, quais são aquelas que me são mais pertinentes. Quando enxergo e legitimo o outro, sou capaz de amar e legitimar a mim mesmo. Poderia se dizer que esse é um processo de encontro dos seres humanos em seu sentido maior. As relações humanas, quando partem do amor, geram confiança e permitem a autonomia de ser, além de gerar bem-estar e crescimento. Viver é aprender, trocar, conviver com múltiplas realidades, é ser capaz de amar ao outro e a si mesmo respeitando a integridade e individualidade de cada ser. Educar é amar e na convivência deixar o outro surgir e crescer.

Em que mundo buscamos viver? Nosso primeiro passo é parar e refletir sobre nossas ações e em que emoções elas estão fundamentadas? Somos capazes de enxergar o outro ou sempre vemos o outro como uma mera imagem nossa refletida num espelho? Nunca é demais lembrar que toda mudança tem como ponto de partida a ação de alguém que deseja mudar e que uma vez aceita essa mudança se irradia para o meio se disseminando em rede. Em quais relações você se sente verdadeiramente aceito como realmente é?

Narjara Ribeiro - Psicologia, formada no modelo Spiral Dynamics (SA) e em formação na Biologia do Conhecer pelo Instituto Matriztica (CH) desde 2004. Especialista na construção de relacionamentos, desenvolvimento de performance em indivíduos, grupos e organizações e gestão de mudanças.

E-mail:nribeiro@insec.com.br

 
   


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